quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A polémica de um casamento

Quando se fala em casamento gay, fala-se em polémica. Há pessoas que concordam, outras que discordam e algumas que queriam um referendo sobre o assunto mas o governo lá avançou com a lei para a frente e hoje pessoas do mesmo sexo já se podem casar à vontade.
Não sou contra nem a favor. Cada um tem os seus gostos e desde que não me chateiem podem casar quando, onde e com quem quiserem. No entanto, se quiserem avançar com a lei da adoção, aì a conversa é outra. O "Não" é garantido.

Como seria uma criança na escola com pais gays?!
"Então Carlinhos? Como é que se chama o teu Pai?!"
- Manuel
"E a tua Mãe?!"
- Chico Zé!

É por estas e por outras que sou totalmente contra.

Este assunto do casamento já abriu telejornais, foi capa de jornais e ainda é tema de conversa no meio da população. De tudo o que se ouviu nada se compara a este artigo que aqui coloco. Até hoje, foi a melhor resposta que li a esta lei que tanta polémica gerou.
Eis a crónica:

Uma agressão somente à religião Católica?
Não (não existem casamentos entre indivíduos do mesmo sexo em nenhuma religião)

Uma agressão somente à Civilização Ocidental?
Não (não existem casamentos entre indivíduos do mesmo sexo em nenhuma civilização)

Uma agressão somente à humanidade?
Não (não existem casamentos entre indivíduos do mesmo sexo em nenhum grupo de humanos)

Uma agressão à Natureza?
Certamente não há no Reino Animal situações de acasalamento entre indivíduos do mesmo sexo.

Casamento "gay"

Abomino histerias. E o casamento "gay" é histeria. Segundo dizem,
recusar o casamento a pessoas do mesmo sexo é uma "discriminação".
As pessoas dizem a palavra - "discriminação" - e esperam que eu me comova. Não me comovo.
Claro que é uma discriminação. E daí? Todos os dias, a todas as horas, sobre as mais variadas personagens, a sociedade exerce as suas "discriminações".
Se, por mera hipótese, eu pretendesse casar com duas mulheres, estaria impedido pela força da lei.
Não será isto uma "discriminação"? Por que motivo o Estado impede que três adultos, que se amam, possam construir uma família em conjunto?

Arrisco hipótese: porque a sociedade estabeleceu os seus códigos de conduta, os seus símbolos, as suas "instituições".
São estes códigos, estes símbolos, estas "instituições" que sustentam a vida em sociedade e não vale a pena questioná-los por cálculo racionalista.
Acabamos por chegar a conclusões francamente lunáticas.
Se o casamento passasse a ser um mero contrato baseado no afecto (a visão sentimental da tribo), não haveria nenhuma razão substancial para impedir todas as formas possíveis de casamento: entre pais e filhos; entre irmãos; entre duas
mulheres e um homem; entre uma mulher e vários homens; etc.

É justo que duas pessoas do mesmo sexo, que partilham uma vida em comum
possam assegurar certos direitos sucessórios ou fiscais. Não é justo desmontar o casamento tradicional, para acomodar o capricho de uns quantos.
Pior: o gesto apenas abriria uma nova forma de "discriminação" sobre todos os outros - pais e filhos; irmãos; duas mulheres e um homem; uma mulher e vários homens - que são deixados injustamente à porta do matrimónio.
Tenham juízo e, já agora, portem-se como homenzinhos.

João Pereira Coutinho - in Expresso

1 comentários:

Quantum disse...

Lá vou eu discordar...

:-)

Este Coutinho faz lembrar o Diácono Remédios, não?
Ah, casamentos gay? Qualquer dia... Três pessoas, quatro, etc.

Ora porra, um assunto de cada vez.
Casamentos gay, sim, por que não?
O resto a seu tempo.

Quanto ao acasalamento de animais do mesmo sexo: eh eh eh eh acho que devia ir mais vezes ao campo. Desde que vi UM rafeiro em cima de UM pastor alemão...

E a razão é simples, porque o que vou dizer é que nunca foi visto:

Ou alguém já viu um serra da estrela vestido de vigário a pregar aos cães o que devem ou não fazer?

Quanto à adopção de filhos, faço minhas as palavras do P. Barata:

Metam-se um atrás do outro e tentem fazer um. Se conseguirem, é deles.

Abraço!