Ao longo de 19 horas na Fnac do Colombo, lá consegui arranjar o tal rectângulo mágico que me vai levar a um espectáculo brutal para o ano que vem.
Era sexta-feira de manhã, quando começaram a aparecer as primeiras notícias sobre as longas filas à porta da Fnac de Matosinhos e eu pensei: "Estou f*****! Na Fnac do Colombo também deve estar igual e quando eu lá chegar depois do trabalho já tenho 500 pessoas à frente." Chegou a hora de almoço e resolvi ir comer qualquer coisa ao Colombo para ver como é que as coisas estavam por lá. Passei de carro e não vi ninguém mas não fiquei satisfeito. Almocei e fui à Fnac ver o que se passava mas à porta tinham já o cartaz para os fãs em que dizia que a fila começava nas parte de fora do centro. Lá fora já estava um pequeno grupo de pessoas e perguntei em que número ia. Disseram-me que já tinham 16 pessoas inscritas e eu pensei logo p'ra comigo "nem é tarde nem é cedo... é já". E assim foi... o meu nome ficou na 17ª posição (às 13h30) e eu a esfregar as mãos de contente pois sabia que ia ser desta que iria arranjar um bilhete para o relvado.
Eram duas da tarde quando chegou o Ricardo, mais um companheiro para a espera, e lá ficámos nós a aguardar pela próxima chamada às 17h. As contagens eram de duas em duas horas, por isso, dava-nos liberdade para sair ali da zona à vontade. Fomos abastecer-nos de revistas e de comida pois a noite ia ser longa. Depois da contagem das 17h, fomos os dois para a Cervejeira Lusitana beber copos e já nem me lembro quantos copos passaram pela mesa. Resultado... saímos todos tortos do estaminé para a chamada das 19h. Entretanto chegou o Janeca e o "trio odemira" estava formado para a longa noite que nos esperava. Até à meia-noite, hora do fecho do centro comercial, foi copo atrás de copo fazendo os intervalos para as chamadas. O relógio dá as doze badalas e vai tudo à casa-de-banho, porque a seguir.... tudo lá para fora.
Com as portas do centro fechadas começa a início de uma longa caminhada até à hora de abertura do espaço. Escolhemos um sítio onde pôr o material e toca a sentar. Uma mantinha no chão, outra por cima das pernas e dá-se início à leitura dos jornais e revistas. Sempre com a música dos U2 de fundo porque a montra exterior da Fnac estava artilhada com uma TV e colunas onde passavam algums concertos da banda. Revista atrás de revista, cigarro atrás de cigarro e chegamos às duas da manhã. A noite começa a ficar mais fresca por isso toca de vestir o belo do casaco para a ocasião. Às três da matina começámos com os turnos e lá foi o Ricardo dormir um bocado para o carro. Faltavam duas horas para a próxima chamada e pus-me a ouvir música para não adormecer. Faltava pouco para as cinco da manhã e as "persianas" já teimavam em fechar. O estalo era tão grande que já nem conseguia levantar-me para a próxima contagem. Mal acabam de dizer o meu nome, fumo mais um prego e lá vou eu para o carro. Banco todo encostado para trás, com o telemóvel junto à orelha para despertar e estou pronto para bater uma sorna. Acordo às 06h45, com um frio do catano que nem conseguia parar de tremer. Vou para o nosso "cantinho do sem-abrigo" para ver se aqueço com uns cigarrinhos e umas bolachas. Mais uns dedos de conversa e alguma galhofa, e começa a nascer o dia. O frio começa a acalmar e a ansiedade pelas dez da manhã começa a aparecer.
São nove da manhã e a segurança abre-nos a porta que dá acesso directo à Fnac. Enquanto esperamos no corredor, algumas funcionárias vêm trazer-nos sandes para comermos e as equipas de reportagens das televisões começam a aparecer. Não paro de olhar para o relógio e a pensar que o tempo não passa. Chegam as dez horas e os primeiros vinte (eu incluído) passam directamente para a bilheteira. Depois de comprarmos os bilhetes, juntamo-nos cá fora felizes da vida e com o objectivo cumprido. Agora já podia ir para casa e dormir tranquilo.
Em comparação com a espera de 2005, agora só tenho a falar bem da Fnac. A maneira como organizaram a ocasião, a música que puseram na parte de fora para todos ouvirmos, a comidinha que trouxeram de manhã, uma foto em tamanho grande que deram a todos aqueles que esperaram do lado de fora pelo bilhete, etc. Desta vez sim, organizaram-se bem e pensaram em todos que, mais uma vez, tiveram de fazer o sacrifício de passar a noite ao relento.
Agora resta-me esperar por dia 2 de Outubro de 2010 e preparar-me para mais uma espera. E é assim: "Quem corre por gosto não cansa"!
Era sexta-feira de manhã, quando começaram a aparecer as primeiras notícias sobre as longas filas à porta da Fnac de Matosinhos e eu pensei: "Estou f*****! Na Fnac do Colombo também deve estar igual e quando eu lá chegar depois do trabalho já tenho 500 pessoas à frente." Chegou a hora de almoço e resolvi ir comer qualquer coisa ao Colombo para ver como é que as coisas estavam por lá. Passei de carro e não vi ninguém mas não fiquei satisfeito. Almocei e fui à Fnac ver o que se passava mas à porta tinham já o cartaz para os fãs em que dizia que a fila começava nas parte de fora do centro. Lá fora já estava um pequeno grupo de pessoas e perguntei em que número ia. Disseram-me que já tinham 16 pessoas inscritas e eu pensei logo p'ra comigo "nem é tarde nem é cedo... é já". E assim foi... o meu nome ficou na 17ª posição (às 13h30) e eu a esfregar as mãos de contente pois sabia que ia ser desta que iria arranjar um bilhete para o relvado.
Eram duas da tarde quando chegou o Ricardo, mais um companheiro para a espera, e lá ficámos nós a aguardar pela próxima chamada às 17h. As contagens eram de duas em duas horas, por isso, dava-nos liberdade para sair ali da zona à vontade. Fomos abastecer-nos de revistas e de comida pois a noite ia ser longa. Depois da contagem das 17h, fomos os dois para a Cervejeira Lusitana beber copos e já nem me lembro quantos copos passaram pela mesa. Resultado... saímos todos tortos do estaminé para a chamada das 19h. Entretanto chegou o Janeca e o "trio odemira" estava formado para a longa noite que nos esperava. Até à meia-noite, hora do fecho do centro comercial, foi copo atrás de copo fazendo os intervalos para as chamadas. O relógio dá as doze badalas e vai tudo à casa-de-banho, porque a seguir.... tudo lá para fora.
Com as portas do centro fechadas começa a início de uma longa caminhada até à hora de abertura do espaço. Escolhemos um sítio onde pôr o material e toca a sentar. Uma mantinha no chão, outra por cima das pernas e dá-se início à leitura dos jornais e revistas. Sempre com a música dos U2 de fundo porque a montra exterior da Fnac estava artilhada com uma TV e colunas onde passavam algums concertos da banda. Revista atrás de revista, cigarro atrás de cigarro e chegamos às duas da manhã. A noite começa a ficar mais fresca por isso toca de vestir o belo do casaco para a ocasião. Às três da matina começámos com os turnos e lá foi o Ricardo dormir um bocado para o carro. Faltavam duas horas para a próxima chamada e pus-me a ouvir música para não adormecer. Faltava pouco para as cinco da manhã e as "persianas" já teimavam em fechar. O estalo era tão grande que já nem conseguia levantar-me para a próxima contagem. Mal acabam de dizer o meu nome, fumo mais um prego e lá vou eu para o carro. Banco todo encostado para trás, com o telemóvel junto à orelha para despertar e estou pronto para bater uma sorna. Acordo às 06h45, com um frio do catano que nem conseguia parar de tremer. Vou para o nosso "cantinho do sem-abrigo" para ver se aqueço com uns cigarrinhos e umas bolachas. Mais uns dedos de conversa e alguma galhofa, e começa a nascer o dia. O frio começa a acalmar e a ansiedade pelas dez da manhã começa a aparecer.
São nove da manhã e a segurança abre-nos a porta que dá acesso directo à Fnac. Enquanto esperamos no corredor, algumas funcionárias vêm trazer-nos sandes para comermos e as equipas de reportagens das televisões começam a aparecer. Não paro de olhar para o relógio e a pensar que o tempo não passa. Chegam as dez horas e os primeiros vinte (eu incluído) passam directamente para a bilheteira. Depois de comprarmos os bilhetes, juntamo-nos cá fora felizes da vida e com o objectivo cumprido. Agora já podia ir para casa e dormir tranquilo.
Em comparação com a espera de 2005, agora só tenho a falar bem da Fnac. A maneira como organizaram a ocasião, a música que puseram na parte de fora para todos ouvirmos, a comidinha que trouxeram de manhã, uma foto em tamanho grande que deram a todos aqueles que esperaram do lado de fora pelo bilhete, etc. Desta vez sim, organizaram-se bem e pensaram em todos que, mais uma vez, tiveram de fazer o sacrifício de passar a noite ao relento.
Agora resta-me esperar por dia 2 de Outubro de 2010 e preparar-me para mais uma espera. E é assim: "Quem corre por gosto não cansa"!
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