quarta-feira, 29 de abril de 2009

Onde é que isto vai parar...

A maior parte das pessoas que lêem este blog, sabem que deixei de ir para o trabalho de carro. Vou de transportes porque, para além de sair barato à carteira, não apanho o stress do trânsito. Mas hoje cheguei à conclusão que nem tudo é perfeito. Por vezes vêem-se tantos cromos que dá para preencher uma caderneta inteira. Mas neste caso não se trata de cromos, gostos ou algo parecido. Trata-se sim de uma personagem que parecia que tinha saído de um filme de terror. Depois de sair do trabalho, vinha descansadinho da vida no metro quando reparo numa rapariga gótica(que nem 18 anos parecia ter) a entrar na carruagem toda vestida de preto, com uma botas que tinham uma sola de 2 metros, os lábios pintados com um batôn vermelho forte à benfica (a única coisa de jeito), com uma pele tão branca que bem podia fazer o anúncio do "Tide", uma mega cruz invertida no pescoço e uma bruta tatuagem com a imagem de Jesus Cristo nas costas com asas de vampiro.

Depois dei por mim a pensar...
"...será que os pais dela são ceguinhos? Onde é que esta malta nova anda com a cabeça? Uns andam com as calças pelos joelhos e quando precisam de tirar a carteira do bolso de trás, limam as unhas no chão, e outros andam nestas figuras..."

Tenho o João com 5 anos e receio cada vez mais pela imagem futura dele. É verdade que tudo vem da educação que se tem em casa mas as companhias também contam muito. E isso os pais não conseguem controlar. Talvez seja que, hoje em dia, a miudagem tenha tudo de mão beijada. Não precisam de lutar por nada pois quando necessitarem cai do céu.

Será que os nossos governantes, que querem um aumento na natalidade, seja para transformar a sociedade nisto??

1 comentários:

Quantum disse...

Opá, não fiques velho antes do tempo.
Quando eras adolescente também vias gajos e gajas punks com coleiras de picos ao pescoço e cristas de galo (daqueles que espetavam o cabelo com água e açúcar).
Se fosse preciso, até tinham correntes das orelhas à boca e vice-versa.
Opá, gosto muito dos meus pais, mas a minha mãe sempre me disse:
"se me apareces assim cá em casa, ficas à porta".

Não foi preciso, porque nunca me apeteceu andar assim.
E a ti, apetecia-te? Vês como não?